Em construção
Em 1505 embarcou para a Índia na armada do Vice-Rei D. Francisco de Almeida. Permaneceu no Oriente ao longo de oito anos (Goa, Cochim e Quíloa), o que lhe permitiu recolher informações privilegiadas sobre os lugares produtores de especiarias.
De regresso a Lisboa, em 1513 participou na tomada de Azamor. Foi acusado de irregularidades na repartição de despojos em consequência disso D. Manuel recusou dar-lhe a recompensa a que se sentia com direito.
Com a experiência náutica e conhecimentos astronómicos e geográficos que tinha começou a imaginar que navegando para Ocidente poderia encontrar passagem para o Pacífico através do Atlântico Sul. Tinha o apoio do cosmógrafo português Rui Faleiro e irmão Francisco Faleiro.
Em 1517 apresenta, em Sevilha, esse projecto ao Rei Espanhol, Dom Carlos I.
Conseguida a aprovação, o rei espanhol dá-lhe o comando da expedição.
Juan Sebastián Elcano foi um navegador e explorador espanhol.
Completou a primeira circum-navegação do mundo, planeada e iniciada por Fernão de Magalhães.
Elcano assumiu o comando após a morte de Magalhães em 1521 nas Filipinas e comandou a nau Victoria, o único navio a retornar a Espanha após dar a volta ao mundo
.Em 1525 partiu para a segunda volta ao mundo liderada por Loaísa, enviado para reclamar as Molucas para o rei Carlos I da Espanha, vindo a morrer de escorbuto. no Oceano Pacífico.
No dia 20 de Setembro de 1519, uma esquadra de cinco navios:
San António, Concepcion, Victória, Santiago e Trinidad (Capitânia)
com cerca de 250 homens, onde se incluíam 40 portugueses, levantou ferro em Sanlúcar de Barrameda, na Andaluzia, e fez-se ao Atlântico.
No comando da expedição e da nau Trinidad estava o Capitão-Mor português Fernão de Magalhães, não ao serviço do Rei de Portugal, D. Manuel I mas do monarca Espanhol, D. Carlos I, futuro Imperador Carlos V.
O grande objectivo era chegar às Molucas (Ilhas das Especiarias) sem contornar a África mas navegando sempre para Ocidente de modo a resolver o problema criado pelo Tratado de Tordesilhas que impedia os castelhanos de chegar à Índia navegando pelo Cabo da Boa Esperança.
A VIAGEM...
Diário de Bordo
CAPITÃO DA ARMADA
Fernão de Magalhães
MONARCAS
Portugal - D. Manuel I
Espanha - D.. Carlos I, futuro Carlos V, Imperador Sacro
Império Romano-Germânico.(*)
Viagem ao serviço de Espanha, Rei Carlos I
Magalhães (Porto 1480-1521) planeou e comandou a viagem..
Morreu nas Filipinas (1521) num recontro com o chefe de uma
tribo
Sebastião Elcano (1476-1526) comandou o regresso em 1522.
PORTO DE SAÍDA
Sevilha 10 de Agosto de 1519.
Sanlucar de Barrameda 20 Setembro de 1519
NAUS da ARMADA
TRINIDAD capitão Fernão de Magalhães - Piloto Estêvão Gomes
SANTO ANTONIO (**) Capitão Juan de Cartagena - Piloto Juan Rodriguez Mafra
VITORIA (***) - Capitão Luiz de Mendonza - Piloto Vasco Galego
CONCEPCIÓN - Capitão Gaspar de Quesada - João Lopes Carvalho (português)
SANTIAGO - Capitão Juan Serrano - Piloto Juan Serrano (****)
________
(*) Carlos V (Carlos I de Espanha)
Imperador do Sacro-Império Românico-Germânico em 1527 casa com a Princesa
Isabel de Portugal, filha do rei Manuel I de Portugal e de sua esposa Maria de
Aragão e Castela (Lisboa, 24 de outubro de 1503 – Toledo, 1 de maio de 1539) e
nasce Filipe que será o futuro rei de Espanha e Portugal Filipe II e I,
respectivamente. Foi esposa de Carlos V / I e Rainha Consorte da Espanha de
1526 até sua morte e também Imperatriz Consorte do Sacro Império
Romano-Germânico a partir de 1530.
(**) A nau de Santo Antonio, comandada por
Juan de Cartagena (homem arrogante e acérrimo inimigo de Magalhães), em 8
Novembro de 1520, rebelou-se. Julgado e condenado o comando foi entregue a
Antonio de Coca e posteriormente a Álvaro de Mesquita. Já com o Pacífico à
vista desertou e com os seus 55 tripulantes regressaram a Sevilha onde
chegaram, sem honra nem glória, a 6 de Maio de 1520.
(***) A nau Victoria foi a única a fazer
toda a viagem. Era um navio biscainho com 85 toneis
(****) A nau Santigo, em 3 de Maio de 1520
afunda-se
CARTÓGRAFOS
Portugueses,
os irmãos Faleiro. Rui e Francisco Faleiro, ambos profundos conhecedores nas
ciências de navegação e lideres científicos do planeamento da viagem mas que
não chegaram a embarcar por doença
TRIPULNTES DA ARMADA
240 - 236 embarcados em Sanlucar de
Barrameda e mais 4 entrados em Tenerife.
Sendo seguramente 34 portugueses (talvez 40); Italianos 26; Franceses 19;
Gregos 9; Flamengos 5;Alemães 4; Irlandeses 2 e Ingleses 1
(Há relatos que apontam 270 tripulantes).
Foi a expedição mais longa e mais dramática dos Descobrimentos.
PORTUGUESES QUE
COMPLETARAM A VIAGEM
Álvaro Mesquita, Estremoz, da nau Trinidad depois de 16-12-1519 Capitão da nau Santo Antonio.
António da Costa da nau Santiago, Escrivão
António Fernandes, da nau Santo António,
um dos regressou depois do motim.
Estêvão Gomes, da nau Santo António,
regressou depois do motim.
Francisco Rodrigues, nau Concepcion depois
da nau Victoria, Marinheiro.
Gaspar Dias da Graciosa, da nau Santiago depois Santo Antonio e a seguir Victoria, despenseiro.
Gonçalo Fernandes, nau Concepcion depois Trinidad (ficou na Ilha de Borneu em 29-07-1521).
CRONISTA da EXPEDIÇÃO
Antônio Pigafetta, italiano. (cujo estatuto era relatar a viagem e não era fazer parte da
tripulação.
(Livro «Relazione del Primo
Viaggio Intorno Al Mondo» publicado em Paris por volta de 1524 e
oferecido a Dom Carlos I.
TEMPO GASTO
A Viagem de Circum-navegação teve a
duração de 3 anos e 14 dias.
A Armada nas águas geladas do Estreito
VIAGEM de CIRCUM-NAVEGAÇÃO
FITA do TEMPO
___________________________
1 Partida de Sanlucar
San Juan - Baia
escolhida para invernar, A paragem durou 4 meses e 24 dias.
Em 3 de Maio de 1520 Naufrágio
da Nau Santiago. Comandante Juan Serrano com 37 tripulantes conseguiram
salvar-se todos excepto um.
8 Novembro de 1520 a nau Santo António aproveitou uma exploração numa ramificação do Estreito,
escondeu-se no canal e desertou sob ordens de Estêvão Gomes que aprisionou o
comandante Álvaro de Mesquita e regressou a Espanha.
A partir daqui a Armada ficou reduzida a 3
navios.
Estreito de Magalhães passagem do Atlântico para o Pacífico pelo Sul do Novo Continente com
cerca de 800 Km, 510 milhas Náuticas que Magalhães fez em 38 dias com registo
de coordenadas, mapas e até atribuição de nomes.
A passagem que ligou dois oceanos e deu
mais mundo ao Mundo e abriu a porta para a Antártida. Começou a 21 de Outubro
de 1520, mais de 1 ano depois da largada de Sevilha.
Só para lembrar o papel dos portugueses nas DESCOBERTAS
4 ALMIRANTES: (todos PORTUGUESES)
Bartolomeu Dias - Cabo da Boa Esperança (1487)
Vasco da Gama - Caminho Marítimo para a Índia (1498)
Cristóvão Colombo - América (1492)
Fernão de Magalhães - Viagem de Circum-Navegação (1521)
5 MONARCAS PENINSULARES
SÉCULO XV - D. João II e Reis Católicos
SÉCULO XVI D. Manuel I e Carlos I
TRATADO de TORDESILHAS (1492)
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Morte de Fernando Magalhães em combate em Cebu Filipinas
Nau Concepcion incendiada por falta de tripulantes.
A Armada reduzida 2 naus: Trinidad e Victoria
A nau Trinidad, inicialmente comandada por Magalhães, depois por Duarte Barbosa e Gonzalo Gomes de Espinoza e que foi a nau capitânia, isto é, o Navio Almirante procurou regressar pelo Pacífico mas perante as muitas dificuldades regressa às Molucas onde foi abordada e queimada pelos portugueses.
Armada reduzida a uma nau - Victoria
Juan Sebastian Elcano; capitão da nau Victoria assume o comando e prepara o regresso à Península.
___________________________
3 Regresso
25 Janeiro 1522
A nau Victoria chega a Timor
8 Fevereiro A nau Victoria deixa Timor
19 de Maio 1522
-A nau Victoria passa o Cabo da Boa Esperança,
9 de Julho 1522 chega à Ilha de Santiago
14 de Julho os portugueses prendem 12
tripulantes da nau Victoria e a 4 de Agosto ruma aos Açores para em
6 de Setembro 1522 chegar a Sanlucar de Barrameda com
18 sobreviventes depois de navegar cerca de 7 meses com uma única escala, Ilha
de Santiago, Cabo Verde para abastecimento de água e alimentos tudo no maior
segredo tendo em conta as disposições do Tratado de Tordesilhas. Mentiram,
dizendo que vinham da América mas descobertos, os portugueses capturaram 12
tripulantes.
Conduzidos para Lisboa foram libertados ao fim de algumas
semanas.
8 Setembro de 1522 desembarcam em Sevilha..
Oficialmente o fim da expedição depois daqui terem saído em 10 de Agosto de
1519.
Nota 1 - Refira-se que os 18 sobreviventes
da "Nao Victoria" não foram os únicos a completar a Viagem.
A estes deveremos acrescentar
12 tripulantes capturados em Cabo Verde pelos portugueses e ainda 5 sobreviventes do Trinidad que mais tarde
regressaram a Espanha o que perfaz 35 tripulantes regressados.
Nota 2 - Quatro anos depois, Sebastian
Elcano vai encontrar a morte nos mares do Oriente, decorria o ano de 1526
Vídeo
Instrumentos a bordo:
INSTRUMENTOS NÁUTICOS SÉC. XVI
Com os Descobrimentos e a exploração dos mares ciência de navegação e construção naval dá um grande pulo.
Surgem as Caravelas e logo a seguir as Naus.
Cientistas, de que destacamos Pedro Nunes, desenvolvem a orientação astronómica, novos instrumentos e novas técnicas de navegação e construção de embarcações e a cartografia dá um pulo.
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Portugal à beira mar plantado, desde cedo se voltou para o mar e lançou-se na exploração marítima “dando novos mundos ao Mundo” no dizer do “poeta”
As caravelas embarcações rápidas de dois mastros e velas triangulares eram embarcações claramente talhadas para navegarem a favor e contra os ventos.
A acompanhar, os navegadores portugueses passaram a orientar-se pelos astros, uma vez que não tinham a orientação da linha de costa, e para isso desenvolveram instrumentos como o astrolábio e o quadrante.e foram os primeiros a saber exactamente onde estavam e por onde navegavam longe da costa
Esta tecnologia mudou o mundo da época, favorecendo a navegação para novos mundos. Assim, a época dos Descobrimentos constituiu a passagem de um mundo a outro, com Portugal a ser pioneiro nessa revolução tecnológica.
Portugal lidera os avanços tecnológicos, construindo novas embarcações, aperfeiçoando instrumentos e dominando a natureza. Os contributos do nosso país para a botânica, medicina, astronomia, cartografia, matemática, geografia e antropologia são de primordial importância, estando na base de novas descobertas. Foi o impacto de toda esta inovação que transformou Portugal na principal potência marítima e económica do séc. XVI.
Carta de Cantino - 1502 - Um das mais antigos planisférios da cartografia portuguesa. É conhecido por "mapa de Cantino" porque este mercador italiano o obteve clandestinamente em Portugal no ano de 1502 e o vendeu ao Duque de Ferrara que mandou fazer uma cópia.
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